07/06/2010

Na terra de Che

O mundo está se contraindo. Voar e estar completamente distante de onde se partiu continua sendo para mim o grande desafio da lei da física, a grande sacada pra enganar o tempo e pra sugar as possibilidades da vida. Se hoje estou em Belo Horizonte, horas depois estou em Buenos Aires e no dia seguinte em Montevidéu. Não duvide. O mundo é pequeno pra quem falta um parafuso e sonha sem dormir.

Primeiro Dia
Chegamos já na hora do almoço. Eu e dois amigos, ambos do signo de Escorpião. Como virginiana que se preza, tudo já está muito bem anotado, com endereços e preços, além de uma seqüência proposta para os passeios. Claro, que não se cumpriu. Nos hospedamos na Parera com Alvear, ao som do “holla, que tal?” todo o tempo. Demos uma bela caminhada pela Alvear, passeando pelas galerias e até um protótipo de mangue onde atolamos os pés. Adiante, um típico café argentino, onde o Fred pediu um “submarino” sem nem saber o que era. Quando chegou o leite quente, ele mordeu o chocolate. Só depois perguntou ao garçom e ele explicou que era pra afundar o chocolate no leite, ou seja, o motivo do nome. Passeadores com um aglomerado de cães para todo lado, a 250 pesos por mês para cada cachorro. Lembrei muito de minha mãe. Andamos até uma feira de artesanatos, claro, onde já me perdi no meu vício. Conhecemos o Claustro da Nossa Senhora do Pilar, igreja mais antiga de Buenos Aires, mas que não chega aos pés de nossas relíquias barrocas. Andamos até a imponente Faculdade de Direito, com suas pilastras enormes e uma única cor em todo o prédio. Adiante, Floralis Genérica, uma flor de aço desenhada por um arquiteto e feita em homenagem à cidade. Não consegui convencer ninguém a entrar no Museu de Belas Artes, mas deve valer a pena. Depois do dia de reconhecimento do terreno, fomos direto ao Hard Rock Café, bem típico da marca. No taxi, Fred fechou meus dedos na porta, 4 dedos presos. Só faltava eu quebrar os dedos logo no primeiro dia (o que realmente é bem típico da minha pessoa desastrada), mas deu tudo certo e sobrevivi à delicadeza com a qual ele fecha a porta do carro. Perdi as fotos dessa noite de alguma forma, nem me lembrem disso. Do Hard Rock para o hotel. Frio? Razoável.

Segundo Dia
City tour com a operadora de turismo. Ao rever as fotos do dia anterior, foi nesse momento que perdi as fotos do Hard Rock. Imaginem uma pessoa emburrada? Euzinha. Enfim, passou quando me lembrei que tinha feito um “meio backup” na noite anterior, mas ainda assim fiquei traumatizada. Decidi nem sequer rever fotos mais na máquina durante toda as viagem. Rodamos de ônibus por toda a cidade, passando por lindos pontos e ouvindo explicações que não lembro mais. Mas uma me marcou muito: a explicação da ausência de negros na cidade. Há muitos anos uma febre amarela aniquilou 2/3 da população da cidade e, claro, os negros eram aqueles com menos recursos de saúde à disposição. Assim a cidade tem uma variação mínima de biotipos, bem diferente de nosso Brasil cheio de misturas. Almoçamos num restaurante e encaramos logo de cara do tal bife de chorizo. Fred, como sempre liderando o ranking dos momentos hilários, decidiu pedir um bife inteiro. Enquanto isso, Victor e eu nos recolhemos ao nosso meio bife pra não arriscar. Claro, atrasados pra entrar no ônibus de volta... Como escolhemos porções, Fred recuou, pediu meio também. Quando o tal meio bife chegou, caímos na gargalhada: era enorme! Nem o Fred conseguiria tamanha façanha! Engolimos e fomos ao tour de compras (mas acreditem, os meninos estavam bem mais sensíveis a isso do que eu). Rodamos um bocado nos benditos outlets, os quais saltam aos olhos especialmente pra quem gosta de material esportivo. Fred olho tudo, não comprou quase nada. Victor era o mais disposto a gastar. Eu comprei uma touca linda (guardem esse episódio), o meu “achado” da viagem. Fechamos o dia com uma ida ao Sr. Tango, um espetáculo literalmente cinematográfico que apresenta a tradição do tango argentino com um toque de Broadway. Muita música, muitos dançarinos, alguns músicos tocando flautas tradicionais, uma orquestra com 700 anos (somando a idade dos músicos), jantar, vinho e uma estrutura armada pra suportar até cavalos no palco. Eu adorei!

Terceiro Dia
Começamos pelo Cemitério da Recoleta. Acredite: pra mim é quase impossível pensar no lado fúnebre de cada obra de arte que ali se encontra. Um dos túmulos (são feitos na vertical) estava aberto. Entrei, não resisti. 4 caixões, velas, um altar, tudo ali, sem nome, sem vida, história interrompida. Existe uma crença de que os gatos são guardiões do caminho entre vida e morte, que eles enxergam espíritos, etc. Eu só se que tinha muito gato naquele lugar. E, claro, para completar o clima sinistro, trombamos com um gato preto. A verdade é que nem demoramos muito lá depois disso (risos). Visitamos o túmulo de Evita Perón, que não é o mais bonito, do presidente Sarmiento (imponente como sua história militar) e outros tantos túmulos que são realmente magníficos. De lá, tomamos um taxi para o bairro La Boca (nas margens do Riachuelo, onde está o primeiro porto da cidade), conhecido por não ser dos mais tranqüilos. Corremos na direção do La Bombonera, estádio do Boca Juniors, time do Maradona. Em seu azul e amarelo reside um lado atleticano: um time popular, fundamentado na paixão pelo futebol. Conhecemos o museu, fizemos a visita guiada (eu estava com minha querida touca), encenamos um pulo na grade do campo, etc. Passamos pelo Caminito com calma, comprei os alfajores que prometi aos amigos, espiei mais um monte de artesanatos (claro, com os pesos já sumindo do meu bolso). Acabei comprando um poncho. Quando é que na vida eu vou ter coragem de usar aquilo? Não sei, só sei que era lindo e o jeito era usar lá na Argentina, enquanto eu podia me disfarçar de turista (risos). Um desenhista fez uma caricatura minha, mas quem é que disse que se parece comigo? Victor topou a idéia e ficou ainda mais invocado com a caricatura que não era dele! Enquanto os meninos mais uma vez rodavam em busca de camisas de futebol e outros bagulhos, corri até o Museu de Benito Quinquela Martin sozinha, paguei míseros 2 pesos (um real) e entrei. Nunca subi tantas escadas pra chegar num suposto segundo piso. Quadros lindos que refletem especialmente a vida dos navegantes, suas famílias, a economia portuária. Uma história de fé no trabalho expressa em óleos coloridos e vibrantes. Um grande achado! Reencontrei os meninos e embarcamos rumo ao Monumental, estádio do River em Palermo. Do outro lado da cidade. E uma grande surpresa em seu vermelho e branco: uma estrutura enorme, muito bem cuidada, que seria mais o estilo elitizado dos cruzeirenses. Um museu interessantíssimo, com direito a uma simulação de viagem no tempo (relacionando os títulos do clube e a década em que aconteceram) e a uma projeção 360 graus que contava como surgiu o clube. Depois disso, mais um submarino e as queridas “medialunas” (croassaints) que me sustentaram durante uma semana. Andamos pelo bairro até a avenida Libertador, conseguimos finalmente ligar para casa e tomamos um taxi. À noite jantamos no Siga La Vaca, que pelo custo benefício valia mesmo a pena. Mas a parte bacana foi encontrar com um médico aposentado viajando com sua esposa e filho, rodando a Argentina há 64 dias. Ele nos contou histórias incríveis de seu moto-home. É isso que quero pra mim... Seu Neri, dona Sílvia e Thiago, que nos indicaram uma visita a Lugano, a 60 km de Buenos Aires, mas que não fomos... Fica pra próxima. Bom, vinho à parte, rimos muito, especialmente na hora da brincadeira de verdade ou conseqüência... Revelações cômicas, surpreendentes e talvez até esclarecedoras, enfim, um pacto de amizade renovado para dar conta de nossas pequenas chatices... Diversão garantida, com direito a fotos muito engraçadas, mesmo no vento frio... Dormimos bem leves!

No Cemitério da Recoleta, uma bela frase de Santo Agostinho:
oh vosotros que nos llorais
no os dejeis abatir por el dolor
mirad la vida que comienza
y no la que que ha concluido


Quarto Dia
Ninguém de ressaca, isso era muito importante. Dia de ir a Puerto Madero, inclusive para espiar o preço da maluquice de irmos ao Uruguai via BuqueBus, navegando pelo Rio da Prata, que é mesmo um mar... Seguindo a tradição, eu estava vestindo uma camisa do Che. Em Puerto Madero, entramos na Corveta Uruguai, um dos navios museus ancorados nesse segundo porto de Buenos Aires que atualmente só recebe pequenas embarcações turísticas. A Corveta e suas histórias, as viagens, a casa de máquinas, o peso de tudo, lembranças eternizadas para que estranhos abram os olhos para o passado. Depois de um lanche, a Fragata Sarmiento, um grande barco, que até possui o cachorro do capitão empalhado. Andamos pela casa de máquinas, encontrei máscaras de samurais e até um lindo escafandro. Mais uma viagem no tempo, dessas que sempre me deixam encucada... Quantas pessoas não viveram ali momentos de tormenta e de glória, enquanto eu passeio tranquilamente como seu tudo fosse paz? Claro, com direito a fotos no estilo Titanic, que ficaram hilárias... Encontramos um lindo ponto para fotografar a Ponte da Mulher. Puerto Madero é uma homenagem às mulheres, segundo contam. A ponte moderna contrasta em relação aos prédios antigos, estaleiros, barcos, guindastes desativados. Um belo cenário que conecta passado e presente. Como se não bastasse, finalmente conseguimos moedas para tomarmos um ônibus até Palermo. Moeda é realmente difícil naquele lugar e o caixa automático do ônibus só aceita moedas... E cobra proporcionalmente pela distância percorrida! Segundo a indicação do motorista, descemos e ele nos disse que bastava andarmos 3 quadras até o Planetário (claro, idéia minha). 3 quadras = 3 quilômetros de bosques... Uma quadra era o zoológico, que nem me atraiu muito. Andamos sem parar e também procuramos pelo tal primeiro museu do Che Guevara, que ninguém sabia onde era... Bosques lindos, árvores, gente curtindo o parque, muito verde, vários monumentos. Especialmente o monumento que reúne os 4 cantos da Argentina: os Andes, os Pampas, o Rio a Prata e o Chaco, unificando o território. Cada região representada por uma imagem personificada e simbólica, contrastando com o branco do monumento central, cheio de anjos. Não sei onde tirei tanta paixão por fotografar esses monumentos e quinas de prédios contra o céu... Enfim, assim que o Planetário abriu (depois de incomodarmos os patos no lago), entramos na primeira projeção. Victor dormiu, Fred dormiu e roncou e eu dei uma leve “pescada” debaixo daquela abóboda estrelada... Quentinho, escurinho e mortos de cansaço de tanto andar, como podíamos resistir? Voltamos pra casa de taxi e à noite ainda iríamos na Ásia de Cuba, uma boate de Puerto Madero. Chegamos lá tarde e descobrimos que era uma festa fechada, fomos barrados no baile. Optamos imediatamente por uma volta no Cassino, que na verdade é em um navio, já que o jogo é proibido em território argentino. Vimos um coroa perder uns 20 mil na roleta americana, eu fiquei acompanhando cada jogada dele, sempre no número 8 e seus arredores... Impressionante! Fred jogou umas partidas de Black Jack (nosso velho 21) e não saiu no prejuízo e nem ganhou. Até quatro da manhã e nada do cassino sequer esvaziar!

Quinto Dia
Alforria! Como eu já sabia que os meninos não iam topar o passeio de barco pelo Tigre até San Isidro, eu agendei o passeio e eles aproveitaram o dia para fazer adivinhem o que? Mais compras! Eu acordei e fui sozinha encarar a navegação pelo Rio da Prata e seus afluentes. Tigre na verdade está na província de Buenos Aires, é uma comunidade que vive à beira dos rios, em casas tradicionais, cada uma com seu porto, onde o transporte comum é o barco. São madeireiros ou “veranistas”, com suas casas chiques num território muito tradicional e cheio de charme... Árvores coloridas de verde e marrom, escolas locais, posto e supermercado flutuantes. Aproveitei pra usar o meu poncho, me disfarçando de turista na Argentina... Desembarcamos e tomamos um trem para San Isidro, uma pequena cidade que fica no fim da avenida Libertador, aquela mesma que começa em Buenos Aires... Uma linda catedral e um jardim charmoso, além de pouco tempo pra procurar mais artesanatos... Mas ainda assim muito tempo para fotos e novos amigos brasileiros, em sua maioria casais. Almocei num restaurante em Puetro Madero (uma boa massa, pois não dava mais pra encarar o chorizo, haja intestino!) e já estava preocupada com o desencontro com os meninos. Rodei atrás de um telefone público e nada! Andei muito! Voltei pro restaurante e consegui ligar pro hotel. Os meninos nem tinham chegado lá! Pois é... Mas eu não tinha pesos pro taxi... Daí veio a brilhante idéia de pagar no cartão de crédito e arrumar uns pesos pra pelo menos chegar no hotel. Deu certo, mas deu trabalho! Na andança passei pelo momento de Cristóvão Colombo e, claro, arrumei uma argentina pra bater uma foto. Posso estar no sufoco, mas a foto eu não renego! Subi na direção da Casa Rosada pra encontrar um taxi no rumo da Recoleta e quando cheguei na Plaza de Mayo, uma manifestação... Tudo cercado, cheio de policiais, viaturas e manifestantes. Onde eu havia me metido!!! E quando cheguei, os meninos nem estavam preocupados com o meu atraso porque também tinham se atrasado! Em minutos saímos de novo e fomos andar pelas ruas comerciais, claro, mais compras dos meninos. Quem era mesmo a mulher da viagem? Até visitamos a unidade da empresa em que trabalhamos que fica na Santa Fé. Encontrei uma itaunense (vamos dominar o mundo). Andamos muito, encontrei mais artesanatos, inclusive uns colares lindos que comprei pra minha mãe e tias, que não tinha visto em lugar algum de Buenos Aires. Conheci as Galerias Pacífico... Mas o que me envenena mesmo é artesanato, o resto eu até consigo controlar... Só que eu nem sequer tinha pesos mais!!! Ou seja, lá vem cartão de crédito!!! Enfim, esgotada, só me restava esperar o comércio fechar e aí fomos embora. Não tínhamos forças pra sair à noite, fizemos no máximo um lanche e capotamos... Exaustos!

Sexto Dia
Acordamos cedo, ainda doloridos da andança do dia anterior. Nos preparamos pra encarar o frio do Rio da Prata, tomamos coragem de conhecer o Uruguai num passeio não muito barato, porém uma oportunidade única. A embarcação da BuqueBus nos navegou por 3 horas pelo Rio da Prata, um verdadeiro mar de água doce. A estrutura da balsa “fechada” era impressionante, de um conforto incrível e até com um free shop lá dentro. Descobri uma sala de jogos e os meninos se divertiram no videogame. Desembarcamos no porto de Montevidéu com um tempo frio e céu nublado, porém firme. Encaramos o city tour, descemos na Praça da Independência e conhecemos Artigas, o San Martin do Uruguai. Conhecemos o prédio da Presidência da República, o Teatro Solís, o cartão postal de Montevidéu que hoje é um prédio privado. Claro, encontramos amigos nossos em plena praça uruguaia... Lindas bandeiras asteadas. O Uruguai tem cerca de 3,5 milhões de habitantes, que é praticamente a população de Buenos Aires sozinha! É um país muito tradicional, avesso ao fumo. Assistimos a troca da guarda e partimos pro almoço... Pedi um peixe assado, com um bom vinho, enquanto os meninos comiam mais uma vez carne! Ai, que saudade da comida japonesa, do feijão, do pão de sal murcho, da água mineral que mata a sede! Continuamos o passeio, passamos pelo congresso uruguaio, pelo monumento aos índios charruas e por um bairro charmoso e tradicional chamado “Prado”. Vimos as moradas dos embaixadores, pelo estádio “Centenário”, por monumentos de guerra e pela Plaza de La Armada. Dali tivemos mais uma vez noção da imensidão do Rio da Prata, um rio com praias que imitam a nossa Copacabana. Depois tivemos um tempo livre num shopping, onde Victor e eu pedimos uma panqueca italiana (entendemos que seria massa, queijo, tomate e orégano). Recebemos uma massa assada com sorvete e calda de chocolate. Enfim, mais uma pra aprender! Enquanto isso, Fred estava perdido nas vitrines e só nos encontramos no ônibus. Outras 3 horas para retornar a Buenos Aires (os meninos não me deixaram cochilar) e uma banda de músicos improvisou um som. Um momento realmente particular. Chegamos e nos aprontamos pra ir pra uma boate perto do Aeroparque (o aeroporto doméstico) – Pacha. A noitada dos argentinos começa muito tarde e mesmo chegando uma da manhã naquele frio imenso, a boate nem estava aberta ainda. Não aceitavam cartão de crédito, pra piorar, e graças a um bondoso casal de brasileiros, trocamos reais por pesos ali na fila mesmo, o suficiente pra entrarmos na boate. Não é bonita, mas a música eletrônica é das boas. Conhecemos mais duas mineiras, que também não ficaram até muito tarde. Enfim, por volta das 4:30 fomos embora, mais uma vez exaustos.

Sétimo e Último Dia
Acordamos cedo, razoavelmente. Descobrimos que o cartão de crédito não funcionava no hotel. Achamos que tinha sido bloqueado porque o usamos no Uruguai. Conseguimos falar com o banco no Brasil, só o meu cartão ainda sobreviveu. O problema era o limite de crédito dos meninos mesmo! Afinal, compraram meio mundo... E o pior é que a minha mala é que voltou com 10 quilos de excesso de bagagem... Nem imagino como... Risos... Passeamos pela 9 de Julho, espiamos o Teatro Colón, reinaugurado recentemente. Fotos com o Obelisco tradicional, mais umas voltas na Córdoba e Florida. Estávamos só esperando pra conhecer a Casa Rosada por dentro, toda reformada para o bicentenário da revolução de maio de 1810. Lindos retratos, fotos com a guarda do governo, Che, Tiradentes e Getúlio Vargas. Andamos pelos cômodos da Casa, conhecemos todas as salas e o lindo jardim escondido no prédio. Foi nosso último momento de imersão na cultura argentina. A propósito, a Casa Rosada é toda amarela por dentro. Voltamos bem em cima da hora pro hotel e já pegamos nossas malas para irmos ao aeroporto. No caminho, correria em free shops, risos no avião, roncos e situações cômicas com o excesso de bagagem. Enfim, brasileiros muambeiros em apuros... E aqui estou. Holla, que tal?

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