17/10/2010

Vida Alienígena

Há muito tempo não me espantava com a descoberta de um novo tipo de vida. Fico sempre esperando por este tipo de notícia, sempre acreditando que grandes formas de vida ainda estão para ser desvendadas. Não, não estou falando de vida em algum ponto do espaço (não que eu duvide, obviamente). Estou falando sobre me espantar com uma novidade aqui mesmo, nesta Terra infindável.

Não estou falando de peixes que andam pelas águas, nem sobre animais que parecem aberrações, muito menos sobre formas de vida fluorescentes em uma longínqua região abissal. Estou falando sobre um ser que saltou de histórias fantásticas, como se concretizasse contos de fadas. Um unicórnio do mar, como muitos o conhecem. Mas ao meu ver, trata-se de um beija-flor das águas.


“O narval é um cetáceo de grande porte, com 4 a 5 metros de comprimento e cerca de 1,5 toneladas de peso. Tem uma coloração branca e cinza marmórea e é desprovido de barbatana dorsal.” O que parece um bico de um beija-flor ou um chifre de unicórnio na verdade é a manifestação do dimorfismo sexual na espécie. Manifesta-se no dente incisivo superior esquerdo dos machos, que se encontra enrolado em espiral e que se projeta realmente como um chifre. Este dente é feito de marfim e pode atingir até 3 metros, quase de metade do comprimento do animal. A presa do macho do narval é fonte de marfim - com valor comercial se constitui num atrativo à caça da espécie. Cerca de um macho em 500 tem duas presas pontuadas, e não apenas uma.

Este dente possui milhões de terminações nervosas que garantem a sobrevivência deste animal em seu habitat, em meio ao gelo ártico, orientando-o em suas migrações sazonais em busca de alimento. A pesca atualmente do narval hoje é controlada, o que ainda parece absurdo, uma vez que são apenas 50 mil indivíduos atualmente espalhados pela região. Foram amplamente caçados pelos vinkings, especialmente graças ao seu suposto chifre, uma vez que era negociado como um chifre de um unicórnio. Não estamos falando apenas de uma espécie ameaçada de extinção, mas provavelmente com mínimas chances de futuro.

Sabemos tão pouco sobre o narval e tantas outras formas de vida... Insistimos em enxergar tudo com os olhos da história, sempre focados na evolução da vida na Terra, criando museus e espalhando paleontólogos pelo mundo, enquanto o planeta se mostra como o melhor laboratório existente. Hoje nasceram mais 3 filhotes no meu aquário, mínimo ecossistema diante das possibilidades desse laboratório disponível ao meu redor. Mas não deixei de me assustar com as possibilidades que existem lá fora...

Beluga, mais uma figura das águas geladas...

Você já tinha visto uma Baleia da Groelândia?

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