18/04/2011

Minha Novela

Que minha vida é uma novela, todo mundo já sabe. Já passei por umas cenas que só acredito porque eu mesma presenciei. Se eu não estivesse lá, com certeza duvidaria. Não é um simples dramalhão. Acho que comédia combina mais. Pois quando a situação chega neste ponto, de beirar o ridículo, é porque o angu tem caroço ou porque o pudim passou do ponto. Já era, honey, já era. Dói só um pedacinho pensar que tudo chegou na hora errada, tomando uma decisão num tempo em que já não faz mais diferença. Chegou tarde, docinho, chegou tarde.
 
Talvez por isso eu sempre tenha me mantido alinhada ao meu próprio tempo. Nunca deixei de falar nada quando queria, sempre corri atrás de ter certeza do que eu sentia ou ao menos de tentar enquanto ainda era possível mudar alguma coisa. Tentar depois, me arrepender, perceber o tempo que perdi? Nada disso combina comigo. Não espero o tempo, não espero o outro, não espero que tudo se ajeite. Eu me ajeito, ou tu se ajeitas. Só não me peça pra ser paciente, porque a indecisão não cabe em minha vida. Prefiro que entre sem pedir, que tome atitude, mas não muito tarde. Pois o amor também tem prazo de validade.
 
Sim, sou impulsiva em 85% das atitudes que tomo, mas posso me gabar que na grande maioria das vezes valeu a pena correr o risco. Nem sempre me dei bem, já me ferrei feio. Mas considerando a média geral, aprendi a lucrar consideravelmente, sem esperar por uma vida idealizada. Sou o meu próprio tempo: ou você me acompanha ou me vê passar nas fotos no Facebook. Ou você entra no meu passo, ou vai sempre se perguntar: por que eu não estava ali? E quando se perguntar, pode ser tarde demais, pois tenho uma lista enorme de coisas a fazer. Não dá pra ficar repetindo idéias, vontades e planos.
 
E se algum dia você chegar e disser que bateu um baita arrependimento, talvez você me encontre imersa em compaixão, ou sublime em minha serenidade, ou puta da vida por você ter desperdiçado uma boa oportunidade. Não sei qual dessas opções dói mais em você. Mas as três rodam na minha cabeça, com uma enorme vontade de berrar na sua fuça: perdeu, playboy. Não sou mais a “Joana, A Virgem” há anos, muito menos a usurpadora “Paola Bracho”. Não sou estrela de novela das nove pra ficar esperando sempre por um grande momento, afinal, se depender do outro, sempre chega tarde demais. Prefiro que todos sejam bregas e “novelescos” de imediato, pra garantir que tudo que é bom será sorvido no devido prazo.
 

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