Marcas que nunca desaparecem... Marcas que insistem em nos transformar em estereótipos sociais talvez eternos em nossas paranóias. Quando conheço uma pessoa nova, já penso em toda a minha carga que aquele ser humano ainda não conhece. Penso na preguiça de me abrir de novo, de me expor de novo. Penso no risco de mais uma vez me decepcionar, de mais uma vez confiar em quem mal conheço. Queria mesmo é que os estigmas não se transformassem em contras, mas em prós.
Desde as minhas tatuagens, estigmas escolhidos por mim, até as minhas cicatrizes, sejam externas ou internas. Tudo diz algo sobre quem sou - ou pior: sobre os medos que tenho. No meu queixo, os medos dos tombos da vida. Nos meus cabelos, as perdas irreparáveis. No nariz, a luta constante. Nas pernas, as batidas sem conserto. Na alma, o sentimento de fracasso. Você acaba sendo aquilo que suas cicatrizes registram. Mas grave mesmo é quando nós começamos a nos envergonhar por carregarmos tais estigmas, dos quais é impossível nos livrarmos.
Desde as minhas tatuagens, estigmas escolhidos por mim, até as minhas cicatrizes, sejam externas ou internas. Tudo diz algo sobre quem sou - ou pior: sobre os medos que tenho. No meu queixo, os medos dos tombos da vida. Nos meus cabelos, as perdas irreparáveis. No nariz, a luta constante. Nas pernas, as batidas sem conserto. Na alma, o sentimento de fracasso. Você acaba sendo aquilo que suas cicatrizes registram. Mas grave mesmo é quando nós começamos a nos envergonhar por carregarmos tais estigmas, dos quais é impossível nos livrarmos.
Nestes últimos 9 meses, criei rugas mentais e sentimentais. Envelheci, que neste caso significa perder a vitalidade, e não simplesmente a parte boa de aprender com os erros. Alguns dias minha memória era de peixe, noutros de elefante. Sorte a nossa que não temos uma memória perfeita e que todo dia esquecemos mais um pedacinho do passado. Corremos o risco de perder boas lembranças, mas nos salvamos ao esquecer os momentos ruins e a força da dor provocada. Além do mais, boas lembranças acabam em fotos, em relações duradouras, em cartas, em planos construídos com pessoas amadas. Lembranças ruins nos deixam primeiro arrasados, depois frustrados, ressentidos, vingativos, cansados e, finalmente, aliviados. Os mais evoluídos ainda conseguem sentir compaixão!
Queria eu poder deletar tudo que ainda me lembro e que muitas vezes se liga aos meus estigmas, aqueles que rondam as minhas “nóias”. Mas infelizmente sempre fui conhecida por minha boa memória. Tenho me esforçado para criar novas lembranças, que substituam bits e bytes antigos na minha cabeça. Mas infelizmente ainda me pego numa auto-flagelação em busca dos erros, dos tombos... Sem perceber caio na armadilha de remoer o passado, apesar de saber perfeitamente que isso não leva a nada.
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