Sou intestino puro, digerindo tudo ao mesmo tempo e normalmente com dificuldade para absorver aquilo que para mim não é natural e óbvio. Eis o motivo de tanta inconstância no amor! Se não há estabilidade e uma certa previsibilidade, não me organizo, não encontro meu centro. E por isso me dou bem às quartas-feiras – afinal, estão bem no meio da semana.
Carregando um estereótipo fleumático, ainda assim conto com a sorte. Até tenho uma amiga com o nome de Trevo, aquela planta-flor verde que simboliza uma boa “vibe” a caminho ou que teoricamente atrai bons momentos. Meticulosa até pra me cercar de qualquer possibilidade sobrenatural que possa favorecer os resultados esperados. Afinal, não basta deduzir, apesar de este ser um hábito diário em tudo que faço.
Aqui estão minhas qualidades e defeitos, todos girando em torno de uma ansiedade quase genética. Eis o motivo da minha necessidade de controle neste momento: organização é meu lazer. Planos me movem continuamente. Não há possibilidades aos meus olhos se não encontro o caminho a percorrer. Simplesmente seguir, no modo automático, não me satisfaz.