04/03/2011

Carne a Val

Dá vontade de berrar. Não sei sambar, esqueci aos 10 anos em Cabo Frio. Gosto de música que dá vontade de cantar, não necessariamente de mexer os pés. Não tenho coordenação motora. Aliás, não tenho coordenação nenhuma, é só o que sei. Quanto mais tento colocar as coisas no lugar, se é que elas têm um tal lugar, mais bagunçam minha rotina e meus sentimentos. Pro bem e pro mal.

Disse minha amiga: “Pára de tentar controlar tudo”, quando mandei o planejamento dos passeios. Ela está certa, sei disso. Não é a primeira pessoa importante a me dizer isso. E realmente venho me esforçando pra que isso se transforme num hábito, como escovar os dentes várias vezes ao dia. Não é fácil, cobro demais da vida – ainda. Só quero que tudo seja tão bom quanto eu imagino, tão forte quanto merece e tão valioso que mereça ficar na lembrança. Vale pra uma festa, vale pra um carnaval, vale pra um romance, vale pra um emprego, vale pra uma viagem maluca.

Talvez atualmente eu entenda um pouco sobre a carne, a val ou de graça. Essa vontade que me atordoa, essa festa do lado de dentro mesmo que lá fora só exista silêncio. Ou o contrário, se a carne estiver congelada. Não há mal nisso. O importante é respeitar seu tempo, pois você escolhe se corre, caminha ou espera. O que te conforta?

Mudei muito, quebrei vários preconceitos nos últimos tempos. Deixei de achar que querer ser feliz era uma obrigação, ao invés de um prazer que se dissolve na boca. Carne. Macia, temperada, a val ou não. Com máscaras, perneiras, idéias malucas ou simples, do que jeito que se deve ser. Mesmo que não faça muito sentido, assim como esse post numa véspera de carnaval. Agenda: Ouro Preto / Recife / Olinda.



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