25/04/2010

Alice e os Coelhos de cada dia...


(São 02:11 da madrugada, ainda não recortei as mensagens da Corrente do Bem e me esqueci de comprar as cartolinas para as placas. Não arrumei a mochila ainda com os apetrechos. Caos completo! Amanhã tudo vai ser corrido, porém não menos interessante. Hoje cumprimentei uma pessoa por engano na rua. Além disso, descobri que ainda tenho escrúpulos. Encontrei um casal de amigos muito querido na fila do cinema. Fechei a noite com um papo divertido com dois amigos, comendo e bebendo do bom e do melhor. Já deveria estar na cama, mas os meus dedos coçam quando algo merece ser escrito.)

Eu me diverti às custas das loucuras de Alice. Se você ainda não viu, pode continuar lendo. Não há muito o que ser contado do ponto de vista da narrativa, porém muito a ser comentado do ponto de vista psicológico. Lembro-me perfeitamente do coelho branco que eu de fato já tive um dia, assim como também me lembro de quantas vezes misturei o Mágico de Oz e o País das Maravilhas em meus sonhos. O meu sonho também se repetiu algumas vezes, mas um dia parou. Infelizmente? :)

Existem alguns pontos cruciais a se comentar sobre o filme. Tim Burton, você é “o cara” desde “Os Fantasmas se Divertem” com meu querido “Besouro-Suco”. Sua esposa cortando as cabeças alheias também é fantástica, mesmo ela conseguindo expressar um olhar muito mais meigo do que eu esperava. Caríssimo Chapeleiro, quase pensei que você iria beijar Alice no final! Torci muito por isso!

Mas quanto ao tema, gostaria de comentar algumas situações que mexeram com minhas idéias...

Se loucura é doçura, ótimo. Alice contou que seu pai a ensinou a pensar sempre em 6 coisas impossíveis antes do café da manhã. Nunca tinha pensando em como isso é mesmo importante para que as pessoas escolham como agir diante da vida: ou você aceita o impossível e busca o possível, ou você luta para que o impossível deixe de ser inalcançável. Bem lá no fundo as duas coisas levarão ao mesmo resultado, mas agir rumo a este enfrentamento constante é o que nos mantém vivos. Se amanhã eu ainda me lembrar disso, vou com certeza pensar em seis coisas impossíveis.

Afinal, Alice encolhe e estica. Existe um gato invisível. Os animais falam. O País das Maravilhas começa em um buraco... Etc... Quem disse que a gente não corre atrás de um coelho todo santo dia? Não sei quanto a você, mas diariamente tenho a sensação de a vida é cheia de "Jaguadartes".

No mundo real, a cena do casamento imposto. Você pode tentar, mas jamais conseguirá fugir de si mesma. Sem meias e com vestidos sujos da terra após despencar num buraco que chegaria ao magma da Terra, associados aos cabelos bagunçados e à ausência de papas na língua. Você não pode fugir daquilo que realmente é em sua totalidade. Mesmo que ainda não seja Alice "totalmente". Percorrer um caminho, viver seu destino - tudo isso apenas te retornará à sua base. Mas nem por isso você será sempre uma lagarta azul. Absolem também vira borboleta, mesmo que ela pense que você é apenas uma “menina idiota”. A metamorfose um dia acontece, não se prenda aos seus velhos casulos. Crescer e aceitar os seus desafios não modifica sua essência, e sim a consolida numa armadura prateada.

Enfim... Acredito que amanhã ainda me lembrarei de vários trechos, que ainda acharei erros ortográficos (acabei de corrigi-los neste domingo) neste texto ensopado de Lambrusco, mas ainda assim vale a pena registrar aqui enquanto algumas idéias estão quentes. O importante é que amanhã a Corrente do Bem terá um pouco o ar de “Alice, corra atrás de sua luta pessoal”.

2 comentários:

  1. Adorei amiga linda... eu corro muito tbm :D
    Boa corrente ok?
    Bjus te adoro

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  2. Sensacional!
    Assisti no sábado e também torci muito para o beijo...
    Ai ai... (suspiros)
    Beijos,
    Camila Aun

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