20/01/2010

Calma, "Bete"!

Comédia. Seria essa a melhor definição para quando você sofre, se estressa, sapateia e, em questão de segundos, tudo misteriosamente se resolve, sem nenhum esforço seu? Pior ainda quando demora, passam-se anos e a solução nem sequer aparece. Tudo muda e a antiga solução perde o sentido essencial. Você aceita a mudança, não se lembra da raiva e ainda por cima ri por nunca ter visto aquela situação por um outro ângulo. Ou seja, você pode fazer um escândalo, ser cordial ou simplesmente fazer piada, apesar do seu estresse, mas nenhuma dessas opções muda o que o destino te reserva. Nada de chiliques. Resmungue apenas nas suas idéias.

Quando eu era criança, ouvia: “quem nasceu pra lagartixa, nunca chega a jacaré”. Meu tio sempre pegava no meu pé, especialmente aos 12 malditos anos, por causa das minhas então finas canelas. Durante anos, pensei mesmo que minhas pernas fossem finas. Eram mesmo! Era muito joelho entre a canela e a coxa, era muito nariz entre duas bochechas! Uma época onde somos desproporcionais física e emocionalmente. A minha sorte é que não era uma “aborrescente” e fui criança até os 16... Minto, ainda sou.

Quando quebro algum dos meus ímãs de geladeira, fico furiosa. Quando perco uma oportunidade única de foto, fico chateada. Quando deixo de falar aquilo que sinto, não durmo. Quando sei que estou certa, mas deixo algo escapar do meu controle, me culpo. Sou mesmo uma mimada. Neta e filha única, Prado no sangue, muitas contrariedades superadas na “unha” e o resultado: euzinha. Encrenca!

Hoje descobri que sou mesmo tão pentelha que até Deus ficou com pena do pessoal da imobiliária. Mas pra começar, “do nada”, levaram o relógio de energia do meu novo apartamento. Como diria minha amiga Angélica, este poderia ser um blog sobre “meu primeiro carro”, “meu primeiro apartamento”, contando nossas desventuras. Fiquei louca, pois a mudança se aproxima... Corri atrás de Deus e o Mundo, coloquei meus amigos em nervos de tanto que reclamei, minha mãe queria usar a máxima “vou chamar o PROCON”, etc. Reclamei muito, dormi mal, acordei exausta e espalhei o pânico... E de repente, o eletricista me conta que a energia já estava normalizada. Enfim...

Taí. O efeito do mimo. A resposta para o “não adianta dar murro em ponta de faca”. Sei que este nem é um bom texto, sei que não falei de nada nobre ou profundo, mas é que agora estou na fase da risada, me achando a “apavorada” do século e usando aspas em vão o tempo todo... Aspas... Como elas mudam a entonação de tudo! Do seu lado da tela, você lê tudo que recebe simbólicas aspas com um tom diferente: descaso, raiva, graça, ênfase. Do seu lado, você entende e sente o meu lado. E mais: talvez até expresse, represente, teatralize. Um brinde às aspas e às desventuras!

2 comentários:

  1. Oi Carol! Aqui é a Cecília, sou amiga do Cris, nos conhecemos num show do Rocknova, lembra? Adorei teu blog, textos excelentes! Ganhaste mais uma fã =D
    Domingo conte comigo pra corrente! Bjo graande!

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  2. Ei, Ceci! O Roma tinha me falado do seu interesse! Que ótimo! Ah, me manda seu e-mail. O meu é anacarolinagprado@hotmail.com. Bjus

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